Diagnóstico do Glaucoma

O glaucoma pode ser diagnosticado a partir de exames oftalmológicos.

Na maioria dos pacientes, o nervo óptico pode ser examinado de imediato, quando se observa o interior do olho com um instrumento chamado oftalmoscópio.

Apesar de serem muitas as doenças que afetam o nervo óptico, a lesão causada pelo glaucoma tem um aspecto característico que permite ao médico detectar a sua existência. No glaucoma, as fibras nervosas estão danificadas e desaparecem, deixando uma escavação maior do nervo óptico.

Entre os exames utilizados para a confirmação do diagnóstico do glaucoma estão:

  • Exame de campo visual (campimetria)
  • Tonometria
  • Exame do disco óptico (fundoscopia)
  • Gonioscopia
  • Paquimetria
  • Retinografia

Outros exames, mais sofisticados, são necessários apenas em casos mais específicos. É importante realizar regularmente os exames solicitados pelo oftalmologista para verificar se houve aumento da lesão causada pelo glaucoma.

Tratamento

O glaucoma é uma doença que não tem cura, porém existe uma série de tratamentos que são capazes de retardar o seu avanço.

Medicação

Os medicamentos são eficazes na redução da pressão intraocular na maioria dos casos. Em geral, os colírios são bem aceitos pelo organismo, ao contrário das medicações via oral que apresentam diversos efeitos colaterais.

Nos casos em que apenas um medicamento ocular não produz o efeito esperado, é comum a combinação de vários remédios para diminuir a produção de líquido e aumentar a sua drenagem. No entanto, para que o oftalmologista chegue a essa conclusão, é necessário que o paciente se submeta a várias consultas.

A eficácia do tratamento com colírio depende da disciplina do paciente. Estudos comprovam que menos da metade dos pacientes com glaucoma utiliza as gotas de acordo com a recomendação médica.

Nos casos em que os colírios não são suficientes para o controle da pressão intraocular são indicados o tratamento a laser ou comprimidos. A medicação via oral deve ser usada com muito critério, pois entre os diversos efeitos colaterais que podem causar está a perda de potássio. O paciente que faz uso de comprimidos deve aumentar o consumo de alimentos que contenham potássio, por exemplo, frutas secas, agrião, banana, cenoura crua, rabanete, tomate, batata, morango, carne magra, etc.

Laser

O tratamento à laser é indicado para casos em que o tratamento com colírio ou medicação via oral não controlam a pressão intraocular. Porém, mesmo após a cirurgia, o paciente deve continuar a terapêutica com medicamentos.

Tratar o Glaucoma com laser é um recurso utilizado para diversas formas da doença, com diferentes finalidades e tipos de tratamento. Os casos devem ser individualizados. A cirurgia pode ser feita no consultório, em apenas 15 ou 20 minutos. Trata-se de um procedimento relativamente indolor.

Trabeculoplastia a Laser

É a cirurgia indicada para glaucoma de ângulo aberto. Na trabeculoplastia a laser, o laser é utilizado para aumentar o dreno da rede trabecular para facilitar o escoamento do líquido (humor aquoso) e, consequentemente, controlar a pressão intraocular.

Para esta cirurgia existem duas técnicas:

Trabeculoplastia Não Seletiva

É realizada com um laser de argônio/diodo e é a mais utilizada no Brasil atualmente.

Trabeculoplastia Seletiva

A Trabeculoplastia seletiva é feita com o frequency-doubled Q-switched Nd:YAG laser. É um tratamento pouco difundido no Brasil, mas comum nos EUA. É rápido, eficaz e possui poucos efeitos colaterais.
Leia Mais sobre o Tratamento à Laser para Glaucoma

Iridotomia/Iredectomia a laser

É a cirurgia indicada para glaucoma de ângulo fechado. Na Iridotomia, são feitos, via laser, uma série de “furinhos” na íris. Desta forma, o humor aquoso (líquido do olho) é drenado para fora da íris, escoando para a malha trabecular.

Trabeculotomia/ Cirurgia Fistulizante Antiglaucomatosa

O tratamento cirúrgico deve ser a última alternativa, pois nem sempre o procedimento leva ao controle adequado da pressão, trazendo o risco de perda total e imediata da visão.

A cirurgia para Glaucoma, assim como os outros tratamentos, não cura a doença nem recupera o campo de visão que já foi afetado. A trabeculotomia deve ser feita o quanto antes para não causar lesões irreversíveis e evitar que o Glaucoma continue evoluindo.

A cirurgia de incisão é feita com o intuito de criar um novo sistema de drenagem para o olho. O cirurgião oftálmico “cria um caminho” na esclera em que o líquido do olho (humor aquoso) sai do interior do olho para uma região abaixo da conjuntiva (subconjuntival). Desta forma, evita o acúmulo de humor aquoso e,consequentemente, reduz a pressão intraocular.

Existe também a trabeculoplastia com prótese (também chamada de fistulizante com prótese) a qual é colocado um dispositivo de drenagem no olho para auxiliar no controle da pressão ocular.

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